Em qualquer situação que envolva tomada de decisões, seja ela de caráter profissional ou pessoal, todo passo deve ser justificado com base em algo concreto. Desde o início da inquietação até o momento final, diferentes influências e situações interferem na decisão de compras a serem tomadas. Quando falamos de estratégias de marketing, o cenário é similar. E para entender melhor e garantir que a decisão final seja algo positivo, contamos com o funil pirata. Você pode não ter ouvido esse termo, mas com certeza a parte prática vai te fazer compreender a importância e a forte presença dessa estratégia em diversas empresas no seu dia a dia.
Para saber mais sobre o que é esse funil e quais métricas importantes considerar na sua avaliação, continue esta leitura!
Métricas do funil pirata
Métricas piratas são, de forma simples, uma maneira prática de categorizar diferentes métricas e KPI’s (Indicador-chave de desempenho) utilizados em uma estratégia. O principal objetivo é analisar o ciclo de vida útil de um possível consumidor dentro da estrutura construída para atraí-lo e conquistá-lo.
O funil é utilizado como analogia por se tratar de passos graduais, filtrando da maior quantidade para um número mais qualificado para o objetivo em questão. Passando por cada etapa e afunilando durante o trajeto, a métrica pirata é organizada por aquisição, ativação, retenção, receita e recomendação.
Na formulação original de Dave McClure, o funil AARRR aparece na ordem: aquisição, ativação, retenção, recomendação e receita. Manter essa sequência facilita a comparação com benchmarks de mercado.
Esse tipo de funil é essencialmente utilizado para entender a jornada do consumidor e encontrar gargalos para, então, aprimorar a estratégia.
Estratégia de inbound marketing e a estratégia do funil pirata
Importante para toda estratégia de marketing focada em conquista e conversão de leads, o inbound marketing se assemelha à estratégia AARRR. No primeiro, a organização é feita em três fases: topo, meio e fundo. Formatado como um funil, as ações realizadas baseiam-se em destinar atenção e conteúdos qualificados para cada uma das etapas.
Complementado o funil pirata, as estratégias complementares podem ser sobrepostas e analisadas de forma conjunta para que o planejamento tenha um objetivo ainda mais claro para cada um dos estágios.
Imagem: Funil pirata: principais métricas de marketing para análise de resultados
Mapa de jornada do usuário
Para adequar de forma correta os processos e as etapas, é preciso ter bem definidas questões como em qual momento do funil o potencial cliente está. Criando conteúdos para alimentar cada uma das necessidades implícitas na trajetória, o mapa de jornada de compra do usuário surge como uma maneira de identificar a localização do lead no funil e os estágios seguintes.
Assim, é possível entender os processos e programar, de maneira apropriada, as ações que vão manter esse usuário no processo até o objetivo final: a conversão para cliente. Com o mapa, a equipe está sempre um passo à frente, munida do que é necessário para solidificar a relação e sanar as possíveis questões a serem levantadas.
Entender de forma prática onde estão e o quão qualificados são os leads adquiridos durante o processo é fundamental para que os possíveis problemas sejam resolvidos e, durante o processo, haja mais ganhos do que perdas de clientes em potencial, melhorando, assim, a taxa de conversão.
O mapeamento da jornada também permite identificar pontos de atrito e oportunidades em cada etapa. Isso ajuda a priorizar melhorias que reduzem fricções e aumentam a conversão, garantindo que cada contato com o usuário seja mais eficiente e contribua para o avanço no funil.
Funil de vendas: etapas e métricas do AARRR
Em cada um dos momentos da jornada, o funil AARRR tem valores e variantes a serem consideradas. Isso porque cada etapa tem um objetivo e, consequentemente, resultados a serem obtidos a partir das ações desempenhadas pelos usuários ao longo da sua vida útil
Sem a mensuração e análise dessas métricas, o trabalho não consegue ser otimizado ou sequer corrigido de acordo com os gargalos que seriam indicados para a aprimoração de correção de cada etapa.
Para pensar em como realizar os próximos passos de maneira eficiente e que gerem números positivos para a defesa do processo, é preciso ter em mente o que analisar após cada etapa no mapa do usuário. Abaixo, confira o que deve ser analisado para que receba a devida atenção pela equipe!
A - Aquisição
Na etapa inicial do funil pirata, o objetivo é entender como os usuários chegaram até o site, ou seja, analisar quais canais estão trazendo leads mais qualificados, quanto tempo eles permanecem interagindo com os conteúdos, quais páginas geram maior engajamento e como respondem às chamadas para ação.
As principais métricas são: usuários novos e sessões (GA4), leads conquistados, tráfego por canal, taxa de engajamento (sessões com mais de 10 segundos, 2 ou mais páginas ou 1 evento-chave), taxa de rejeição (inverso do engajamento) e custo de aquisição de clientes (CAC) de acordo com a origem.
A - Ativação
A ativação é o momento em que o usuário percebe valor no produto ou serviço e realiza a primeira ação significativa, como testar um recurso, concluir um cadastro ou explorar uma versão gratuita. Esse passo é essencial porque define a probabilidade de o usuário seguir adiante na jornada.
As métricas relevantes incluem: tempo entre a chegada e a ativação, número de novos usuários que experimentaram o serviço ou produto e a quantidade de usuários que realizaram a conversão após essa experiência inicial.
R - Retenção
A retenção mede a capacidade de manter o usuário ativo e engajado ao longo do tempo. Mais do que visitas pontuais, é fundamental observar se os clientes continuam voltando, consumindo conteúdos e adquirindo serviços. Essa análise mostra se o relacionamento está sólido e se o fluxo de vendas está configurado para manter a atenção do público.
As métricas principais são: tempo médio de permanência dos leads ativos, taxa de retenção, churn (percentual de usuários que deixam de usar ou cancelar) e valor de tempo de vida útil do cliente na jornada.
R - Receita
A receita é a métrica que comprova a eficiência da estratégia, já que o objetivo final do funil pirata é gerar retorno financeiro sustentável. Para isso, é preciso analisar não apenas a conversão de usuários em clientes, mas também a eficiência de cada aquisição.
As métricas fundamentais são: custo de aquisição do cliente (CAC), valor do tempo de vida do cliente (LTV), relação LTV/CAC — que indica sustentabilidade —, payback de CAC (tempo necessário para recuperar o investimento feito na aquisição) e quantidade de conversões do modelo gratuito para o pago.
R - Recomendação
A recomendação mostra o quanto clientes satisfeitos contribuem para a expansão orgânica do negócio ao indicar o serviço para outras pessoas. Essa etapa tem grande potencial de crescimento, já que amplia a base de forma espontânea e com baixo custo. Para estimular, podem ser usados programas de indicação, fidelização e estratégias de experiência do cliente.
As métricas principais incluem: número de usuários que indicaram o serviço, leads conquistados a partir das indicações, taxa de conversão desses indicados, além de ferramentas como o Net Promoter Score (NPS) e o coeficiente viral (K-factor), que medem lealdade e efeito de redes.
Explore as possibilidades!
Com o funil pirata e suas métricas de eficiência, é possível entender o comportamento do consumidor e adequar a estratégia para que, cada vez mais, o produto e/ou serviço consiga seu lugar no mercado. Agora que você entende a importância de fazer todo o processo de vendas de forma organizada para obter os melhores resultados, é importante estudar como colocá-las em prática e explorar cada uma das métricas para potencializar resultados e corrigir possíveis erros de execução.
Principais aprendizados sobre o funil pirata (AARRR) no marketing: O funil pirata (AARRR), criado por Dave McClure, organiza métricas-chave para entender a jornada do consumidor: Aquisição, Ativação, Retenção, Receita e Recomendação. Ele permite identificar gargalos, otimizar estratégias e melhorar conversões ao longo do ciclo de vida do cliente. Integrado ao inbound marketing, o funil ajuda a alinhar conteúdos e ações de acordo com o estágio do usuário, apoiado pelo mapa de jornada de compra. Cada etapa traz indicadores específicos, como CAC, LTV, churn e NPS, essenciais para mensurar resultados e orientar melhorias. Aplicar o AARRR em conjunto com testes de CRO e análises de comportamento possibilita decisões baseadas em dados, maior engajamento e crescimento sustentável.
Entender o consumidor e como a sua estratégia impacta o seu comportamento é fundamental para a saúde e a prosperidade de toda empresa. Quer saber mais sobre esse planejamento e sua importância na prática? Leia o post “AARRR: As Métricas de piratas nas estratégias de Marketing”!
Funil Pirata (AARRR): Como Usar as Métricas para Otimizar Resultados em Marketing
O que é o funil pirata (AARRR) no marketing digital?
O funil pirata, conhecido pela sigla AARRR, foi criado por Dave McClure e organiza métricas essenciais para entender a jornada do consumidor. Ele é composto por cinco etapas: Aquisição, Ativação, Retenção, Receita e Recomendação. Cada fase analisa o comportamento do usuário e mostra onde estão os gargalos do processo. Essa estrutura é muito usada em marketing digital para orientar decisões baseadas em dados, melhorar conversões e tornar o crescimento mais sustentável.
Quais são as métricas principais do funil pirata?
As métricas piratas são divididas em cinco etapas. Na Aquisição, avalia-se de onde vêm os usuários e quais canais geram mais leads. Na Ativação, observa-se se eles tiveram uma boa primeira experiência. Em Retenção, mede-se se continuam voltando e interagindo. Na fase de Receita, analisa-se o retorno financeiro obtido e a sustentabilidade do processo. Por fim, na Recomendação, mensura-se a lealdade e a disposição em indicar a marca, usando indicadores como NPS e programas de indicação.
Qual a relação entre inbound marketing e o funil pirata?
O inbound marketing trabalha com as fases de topo, meio e fundo do funil de vendas, oferecendo conteúdos de acordo com cada etapa da jornada. O funil pirata complementa essa lógica, organizando métricas que ajudam a entender se os conteúdos e ações estão realmente gerando valor e conversões. Ao combinar inbound e AARRR, a instituição consegue alinhar melhor suas estratégias, nutrir leads em cada fase e aumentar tanto a captação quanto a retenção de clientes.
Como o mapa de jornada do usuário se conecta ao funil pirata?
O mapa de jornada do usuário mostra em qual estágio do funil o lead se encontra, permitindo criar conteúdos e ações específicas para cada necessidade. Quando integrado ao funil pirata, esse mapeamento ajuda a identificar pontos de atrito, prever próximos passos e oferecer experiências personalizadas. Assim, fica mais fácil manter o usuário engajado até a conversão. Esse alinhamento aumenta a taxa de sucesso, melhora o relacionamento e reduz perdas ao longo do processo.
Quais métricas analisar em cada etapa do AARRR?
Na Aquisição, acompanhe tráfego por canal, taxa de engajamento, CAC e sessões. Na Ativação, observe tempo até a primeira ação, cadastros e uso inicial do serviço. Em Retenção, monitore churn, taxa de retorno e tempo de permanência. Em Receita, analise LTV, CAC, payback e número de conversões pagas. Já em Recomendação, use NPS, K-factor e taxa de conversão de indicações. Esses indicadores revelam se sua estratégia é sustentável e se precisa de ajustes.
Por que aplicar o funil pirata é importante para empresas?
Aplicar o funil pirata ajuda a transformar dados em decisões estratégicas. Com ele, empresas entendem melhor a jornada do consumidor, identificam gargalos e implementam melhorias que impactam diretamente as conversões. Além de aumentar o ROI, o AARRR fortalece o relacionamento com clientes, gera fidelização e cria oportunidades de crescimento orgânico por meio de recomendações. É uma metodologia simples, prática e altamente eficaz para negócios que buscam crescimento sustentável.