Já estive em muitos eventos no mundo. Desde Marketing passando por Educação, Tecnologia, Empreendedorismo até shows inacreditáveis e baladas homéricas. Mas nunca tinha estado em um que reunisse todas essas vertentes ao mesmo tempo e que ainda contasse com um público de nada menos que 25 mil pessoas.
O Slush 2019 fez essa combinação surreal parecer natural e ainda foi muito além disso. Não se pode esperar menos do que antes era uma comunidade com cerca de 300 pessoas interessadas em startups e tecnologias e hoje é um verdadeiro acontecimento global.
O primeiro impacto
Helsinki é uma cidade fria. Nesta época do ano, a temperatura máxima não fica muito longe dos 5ºC. O evento, por outro lado, foi escaldante. Logo na entrada do centro de convenções, uma balada funcionava como espécie de comitê de recepção. O ambiente estava imerso na escuridão e ornamentado com neons coloridos.
Dois DJ’s tomaram conta do palco para um show de 10 minutos, no nível de abertura da Tomorrowland, com música boa, luz incrível, som espetacular. Entretanto, diferente da TML, após o grande espetáculo, foi dada a largada para a feira e já entramos nas disputas de pitchs, palestras e visitas a stands.
25 mil pessoas e 1 propósito: conexão
O Slush acontece em todo mundo em diferentes formatos, desde conversas informais a grandes e imponente encontros, como é o caso da edição de Helsinki, considerada a joia da coroa. O próximo grande encontro já está marcado para acontecer em Shangai, em setembro de 2020 e contará com 15.000 participantes.
Os números deste ano são impressionantes. O Slush Helsinki reuniu 25.000 pessoas, 3.500 startups, 2.000 investidores e 350 pesquisadores de tecnologia e empreendedorismo.
Mas o que mais nos surpreendeu no Slush foi o propósito dos participantes. Eles estavam muito mais preocupados em se conectarem uns com os outros e fazer negócios do que em assistir às palestras. Foco total nas conexões. Isso vai de encontro à missão do Slush, que foi criado e mantém-se para conectar a nova geração de empreendedores ao que e a quem eles precisam.
Não havia tempo a perder! Toda ocasião era propícia para vender a sua marca e/ou produto, seja em reuniões privadas, nos mais de 1.000 pitchs que aconteceram no evento, ou nos stands das empresas que, muitas vezes, tinham apenas algumas horas para expor suas tecnologias.
Enquanto isso, entre os oradores estiveram nomes como Markus Villing, fundador e CEO da Bolt; Alex Chung, fundador e CEO da Giphy e David Simas, CEO da Obama Foundation.
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Disputas de pitchs
As disputas de pitchs foram um caso à parte. Como disse anteriormente, foram mais de mil durante o evento. Consegui assistir a algumas bem interessantes, que mereceriam estar no Shark Tank, com direito a juízes e plateia.
Uma delas, por exemplo, foi sobre pesquisa de universidades e o prêmio foi de 100 mil dólares - com cinco finalistas de cinco universidades de países diferentes. Outra foi de empresas de tecnologia para área de educação. Destas, dois de VR de conteúdo, um de formação continuada, um de rede social colaborativa de professores e uma escola de programação para adultos sem formação em exatas. Mas, sinceramente, nada que nos tenha chamado atenção.
Um labirinto de stands
O evento tinha uma grande área de stands para comportar o imenso número de expositores. Os corredores estavam completamente preenchidos, formando um grande labirinto, onde era muito fácil se perder. As poucas horas de luz solar durante o dia têm uma grande influência nisso. No outono na Finlândia, amanhece por volta das 08h40 e escurece às 14h40.
Mas voltando aos stands, com a quantidade de informação circulando, não era difícil perder o senso de direção. Naquele espaço, pequenas, médias e grandes empresas tinham a mesma oportunidade de mostrar as suas ideias para o mundo. Google, Airbus, Microsoft e Amazon eram alguns dos nomes muitos conhecidos que andavam por ali, lado a lado com pequenas marcas que estão dando os primeiros passos.
Outro ponto que achamos bem interessante foi que algumas cidades e até mesmo países se encarregaram de levar as suas startups. Uma demonstração de que o empreendedorismo não precisa partir apenas de um ponto de vista individual e particular. Os destaques ficam para a própria Finlândia, Coreia do Sul, China, Índia, Polônia, Itália, Cingapura, Suécia e a capital da Rússia, Moscou.
Como nosso foco é Educação e Tecnologia, foi justamente para esse tipo de experiência que direcionamos a nossa atenção durante as visitas aos stands.
O maior destaque desde emaranhado de insights, ideias e modelos, para mim, fica para a Aalto University. Na verdade, ela é uma fusão de três universidades da Finlândia, uma de Business, uma de Tecnologia e outra de Engenharia. Juntas, as instituições criaram um projeto de empreendedorismo comum e são um verdadeiro caso de sucesso.
O exemplo da Aalto University, localizada em Espoo, tem tudo a ver com o mote do evento e com a característica que mais nos chamou a atenção: a conexão. As instituições entenderam que chegou o momento de abandonar o tradicionalismo, velhos modelos, derrubar os muros e somar forças
Esse pensamento progressista precisa encontrar o seu lugar em países como o Brasil, que precisa de novas fontes de inspiração. Educação, Tecnologia e Empreendedorismo se relacionam de uma maneira única e revolucionária, onde a captação de alunos, outbound e inbound marketing são apenas a ponta do iceberg, de uma maneira bastante positiva. Há muito mais para ser explorado.
Aprendi com o Slush algo que todos nós, no fundo, já sabemos: as oportunidades de conexão não acontecem simplesmente. Somos nós que fazemos com que elas aconteçam.
Depois de todo esse papo sobre tecnologia, por que você não dá uma olhada no post abaixo sobre como utilizar o que há de mais avançado para recuperar alunos e diminuir sua taxa de evasão? Clique no botão abaixo e confira!